domingo, 6 de maio de 2007

Nações Unidas alertam para a falta de 700 mil parteiras em todo o mundo


Metade das mulheres grávidas continua sem acesso a cuidados de saúde profissionais


Em muitos países, as mulheres dependem das parteiras para que os seus filhos nasçam em segurança e elas próprias não sofram complicações de saúde. Porém, as parteiras não existem em número suficiente e, hoje, seriam precisas mais 700 mil para garantir o acesso universal a cuidados profissionais durante a gravidez e o parto. Este é o diagnóstico do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), revelado ontem, no Dia Mundial da Parteira.O organismo internacional apelou, por isso, à "acção urgente" para reverter a escassez de parteiras, vincando que elas "prestam um enorme contributo para a saúde das mulheres e dos bebés em todo o mundo". Essa "acção", defende, deve incluir um "maior investimento no treino, recrutamento, pagamento e condições de trabalho das parteiras"."Metade das mulheres grávidas continua a não ter acesso a cuidados de saúde profissionais durante o parto e as consequências são devastadoras", realça o comunicado assinado pela directora executiva do FNUAP, Thoraya Ahmed Obaid, que avança com estatísticas. Cerca de 529 mil mulheres morrem por complicações durante a gravidez e o parto; quatro milhões de bebés morrem à nascença ou já nascem sem vida; dez milhões de mulheres ficam debilitantes após o parto, algumas até inférteis.Números que, compara o FNUAP, representam "mais do que o total combinado de mortes causadas pelo vírus da sida, pela tuberculose e pela malária".A solução, defende o fundo da ONU, passa pela aposta na "assistência qualificada", pois o apoio durante o parto "pode reduzir as mortes maternas em 75 por cento".



06.05.2007, Sofia Branco

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