quinta-feira, 26 de abril de 2007

www.saude24.pt


Novo serviço telefónico poderá evitar que mais de 13 mil utentes recorram às urgências hospitalares por mês, segundo estimativas da Direcção Geral de Saúde.
No contrato com a Linha de Cuidados de Saúde, SA, o Ministério da Saúde prevê gastar até 45 milhões de euros durante os quatro anos de duração efectiva do acordo, que terminarão em 2010.
"O INEM continua a operar como até agora. E numa situação de visível emergência a chamada é de imediato canalizada para o INEM", afirmou a sub-directora-geral de Saúde Filomena Parra, lembrando que a "taxa de inutilidade" de chamadas para o INEM é actualmente de 60 por cento. E acredita que este novo serviço permitirá aos utentes "evitar deslocações desnecessárias" e "atenuar a pressão sobre os serviços de urgência".
Ramiro Martins, administrador da empresa responsável pela linha crê que muitas das chamadas para o INEM suscitam apenas aconselhamento e cita o exemplo inglês, onde um centro de atendimento idêntico levou a um decréscimo de 72 por cento nas ligações para o serviço de emergência e gerou uma quebra de dois a três por cento ao ano no acesso aos serviços de urgência.
Com o preço de uma chamada local, os portugueses terão a receber as suas chamadas mais de 300 profissionais, entre os quais 260 enfermeiros, num centro de atendimento que funcionará todos os dias do ano, sem interrupções.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Prémios Fórum Hospital do Futuro


• Integração
Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Cuidados no Acompanhamento do Prematuro no Domicílio
Enf.º Camilo Areias, Enfermeiro Director

O projecto “Parceria de cuidados no acompanhamento do prematuro no domicílio” foi implementado como resultado de um trabalho de investigação sobre as necessidades dos pais de bebés prematuros após a alta hospitalar, com o objectivo de facilitar a integração do prematuro no seu ambiente familiar, proporcionar autonomia à sua família e contribuir para a redução da morbilidade dos prematuros.
O projecto teve a duração de um ano e meio e os 58 enfermeiros envolvidos assistiram os 50 bebés nascidos no Hospital Pedro Hispano (HPH) neste período, totalizando 119 visitas domiciliárias. As visitas dos enfermeiros incidiram sobretudo em conselhos aos pais relacionados com a alimentação, os cuidados com a saúde do bebé, as rotinas de repouso ou a administração de medicamentos, entre outros. Muita desta informação foi também incluída num Guia entregue aos pais no momento da alta do hospital.
Este projecto integra-se no âmbito dos Cuidados Continuados da Unidade Local de Saúde (ULS) e foi realizado em parceria com os enfermeiros dos Centros de Saúde que integram a unidade. No final do projecto, um inquérito aos pais mostrou um alto grau de satisfação com a assistência prestada. No balanço final, a ULS conseguiu reduzir, em média, seis dias de internamento por cada prematuro, com poupanças também a nível económico. Pretende-se, no futuro, continuar com este projecto com todos os bebés que nasçam no HPH.

Na foto: Dr. Nuno Morujão recebe o Prémio da Alta Comissária da Saúde, Prof.ª Dr.ª Maria do Céu Machado

quarta-feira, 18 de abril de 2007

DO SILÊNCIO À VOZ

" O doente pensa que está a conversar sobre comida do hospital. Na verdade, a enfermeira está a meio de um processo de avaliação com cerca de 100 parâmetros diferentes."







DO SILÊNCIO À VOZ
Bernice Buresh - Suzanne Gordon
ariadne editora 2004

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Enfermeiros e médicos estão contra administração de vacinas nas farmácias

O anúncio de que as farmácias vão poder em breve administrar vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação (PNV), ontem feito pelo ministro da Saúde na conferência anual do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), foi recebido com muitas críticas, apesar de estar contemplado no acordo que Correia de Campos assinou há quase um ano com a associação do sector.
Representantes das ordens profissionais dos médicos e enfermeiros manifestaram-se rotundamente contra esta possibilidade. O vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros, Jacinto Oliveira, lembrou um parecer da própria Entidade Reguladora da Saúde de Agosto de 2006 sobre a matéria. "Neste momento, por regra, as farmácias não dispõem nem dos equipamentos nem dos recursos humanos à prestação destes serviços", lê-se. A "administração de vacinas, embora possa parecer um acto simples, pode ter implicações graves que necessitam de cuidados especializados", acrescentava.
Até agora, as vacinas não incluídas no PNV - nomeadamente contra a gripe sazonal - podiam ser adquiridas nas farmácias, mas não podiam ser ali administradas. A medida já constava, porém, do Compromisso com a Saúde assinado entre o Ministério da Saúde e a Associação Nacional de Farmácias em Maio de 2006. O documento prevê que as farmácias passem também a poder administrar medicamentos e a prestar primeiros socorros e a ter meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica.
O responsável da Ordem dos Enfermeiros defende que é necessário mudar a lei actual, porque as vacinas não se incluem na prestação de "actos farmacêuticos". Serão ainda precisos gabinetes com condições nas farmácias e profissionais "qualificados", onde se incluem enfermeiros e médicos. Já Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros de Portugal, considera que a medida configurará "uma usurpação das competências dos profissionais que estão perfeitamente regulamentadas".
Aranda da Silva, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, contrapõe que já há um número reduzido de farmácias onde, com autorização especial prevista na lei, se dão vacinas. O maior impacto deverá notar-se nas farmácias em zonas com maiores dificuldades de acesso aos centros de saúde. Reconhece que será precisa a contratação de profissionais qualificados, mas nota que "há farmacêuticos com qualificação em administração de fármacos". Também o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, manifestou reservas em relação a esta medida, defendendo que a administração de vacinas deve sempre ser feita sob controlo médico. Um "preciosismo", na opinião de Jacinto Oliveira, notando que ele se "esquece que a administração de vacinas nos centros de saúde já é feita pelos enfermeiros".



05.04.2007, Alexandra Campos e Catarina Gomes
publico.pt

quarta-feira, 4 de abril de 2007